A política é conceituadamente uma das
instituições mais injustiçadas da face da terra. Baseado em Aristóteles que
disse “o homem é um animal político”, isso por si só identifica a política como
algo procedente de uma lei natural.
Dando ênfase ao conceito, lembremos: política é a
ciência da organização, é tudo aquilo que indica os procedimentos relacionados à
polis (cidade); política é cidade-Estado, sociedade, comunidade,
coletividade.
Devemos nos conscientizar de que a política é a
essência e requer de cada cidadão postura condizente com o processo
administrativo. É a partir daí que nos defrontamos com o fator ideológico. A
ideologia é o conjunto de pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de
indivíduos. Karl Marx, por exemplo, uniu a ideologia aos sistemas que na teoria
poderiam envolver política, moral e social tudo isso forjado pela classe social
dominante. Para ele, era objetivo dessa classe manter os mais ricos no controle
da sociedade.
Poderíamos aqui discorrer mais detidamente no
quesito ideológico, em especial o embate representado nas lutas de classes. Ao
longo da história, um dos embates mais profícuos se deu entre o que chamamos de
esquerda e de direita, com clímax no período da guerra
fria.
Ser de direita ou de esquerda são traços
ideológicos do cidadão ou do partido político. Seja de que lado for o cidadão,
sua atuação política deverá respeitar os preceitos sagrados dessa ciência. Não é
política a defesa apaixonada de quem a faz por causa de um emprego, na maioria
das vezes um empreguinho insignificante e dispensável.
Não é política a defesa do poder apenas pelo
poder em detrimento de uma qualidade de vida melhor para o povo. Não é política
o vínculo de poderes que vislumbra tão somente interesses próprios e blindagem
ao sistema, deficitário por sinal.
Não é política a promoção de pseudo-imprensa,
pagas seja lá por quem for, para propagandear fatos repletos de omissões e de
“rasgação de seda”. Não é política se proteger de assessoria inapta que também
faz as vezes de “leões de chácara”, os famosos “aspones” quando muito
“jagunços”. Não é política a manutenção de uma administração no terreno do
coronelismo, e nem um governo protegido pela lei de Gérson.